Células da Epiderme

Queratinócitos ou ceratinócitos

Figura 1 - Queratinócitos ou ceratinócitos

São células de origem ectodérmica, abundantes na epiderme e apresentam a função de produção de queratina (complexo filamentoso de proteínas). Os queratinócitos são formados na camada mais profunda da epiderme (camada basal), a partir de células cilíndricas que sofrem contínua atividade mitótica (divisão celular). Quando formadas, estas células são empurradas sucessivamente para camadas mais superficiais devido à produção de novas células. À medida que ganham camadas superiores, as células sintetizam uma proteína (queratina) no seu citoplasma. Para que um queratinócito da camada basal atinja a camada córnea, são necessários 26 a 42 dias, e para que esta mesma célula se desprenda ou descame da camada córnea, são necessários mais 15 dias.

A queratina pode ser de dois tipos:

Queratina branda: é produzida continuadamente na epiderme de toda a superfície corporal.

Queratina dura: é a proteína estrutural de pêlos e unhas.

O grau de queratinização ou ceratinização e a espessura da epiderme nas diferentes partes do corpo são determinados antes do nascimento e estão sob controle genético.


Células dendríticas indeterminadas

Estão relacionadas com as células de Langerhans. Podem ser encontradas ocasionalmente dentro da camada basal da epiderme, é caracterizada pela ausência de grânulos e melanossomas. Podem dar origem a células de Langerhans ou a melanócitos.


Células de Langerhans

Figura 2 - Célula de Langerhans

São células ramificadas com provável origem mesenquimal (embrionária), apresentam-se em número constante nas diferentes áreas epidérmicas do corpo. Estão espalhadas entre os queratinócitos da camada espinhosa, constituindo de 3% a 5% das células desta camada. São encontradas também na derme, linfonodos e timo. As células de Langerhans possuem grande capacidade fagocitária e ativação de linfócitos T, atuam na indução de rejeição aos enxertos, reações imunológicas do tipo hipersensibilidade retardada (processos alérgicos).


Melanócitos
Figura 4 - Melanócito

São células epiteliais com prolongamentos em forma dendrítica, sintetizam pigmentos melânicos, têm origem ectodérmica e derivam da crista neural, migrando precocemente para epiderme, no período do desenvolvimento embrionário. Sua localização definitiva é a camada basal da epiderme, entre os queratinócitos adjacentes. Ao contrário dos queratinócitos, os melanócitos não se multiplicam. A forma dendrítica dos melanócitos permite o contato com muitos queratinócitos, aproximadamente 32, na camada basal. Há cerca de 10 queratinócitos para cada melanócito, o que facilita a distribuição dos melanossomas (organelas que contêm melanina).

A quantidade de melanócitos não varia em relação às raças, portanto, as diferenças raciais de pigmentação não dependem do número, mas sim da capacidade funcional dos melanócitos.


Células de Merkel

Figura 3 - Células de Merkel (em vermelho) e ramificações nervosas (em verde)

São consideradas como células mediadoras da sensação do tato. Estas células são encontradas em regiões da pele glabra (ausência de pêlos), como extremidades distais dos dedos, lábios, gengivas e também na bainha externa do folículo piloso. As células de Merkel possuem forma alargada contendo grânulos neurossecretores no citoplasma, localizam-se isoladamente um pouco acima da camada basal da epiderme.

Lista de Figuras:

Figura 2: http://www.medgadget.com/archives/img/langerhans_cell.gif, acessada em 12/2008

Figura 3: http://www.nature.com/neuro/journal/v1/n1/images/nn0598_5.gif, acessada em 12/2008

Figura 4: http://www1.imperial.ac.uk/resources/A3166995-9EBC-414F-8E06-963F8EBD1F21/, acessada em 11/2008

Referências:

Sampaio, S.A.P.; Rivitti, E.A. "Dermatologia" 2ed. São Paulo. Artes Médicas, 2001.

Cucé, L.C.; Festa, C. "Manual de Dermatologia", 2ed.. Atheneu, 2001.

SENAC-SP "Apostila Estética Facial – Anatomia, Fisiologia e Patologia da Pele Humana". Centro de Tecnologia e Beleza do SENAC-SP, 2001.